AJ Jones

Depois de levar para casa o título na Classe T4 no Rally Dakar do ano passado, AJ Jones fez tudo menos descansar sobre os louros. Ele passou o ano inteiro competindo em muitas provas para estar preparado para defender sua coroa.

Como atual campeão do Rally Dakar na classe T4, AJ Jones não sofre com a pressão e a resistência. Os últimos 12 meses do campeão do Rally Dakar 2022 foram ocupados com competições ao redor do mundo e sua estréia oficial com UTV em agosto passado na corrida Vegas a Reno. Agora, ele se prepara para enfrentar o Rally Dakar 2023 na Classe T3.

Nós o encontramos em sua casa no Arizona enquanto ele se preparava para o Rally Dakar de 2023.

 

Can-Am: Olá, AJ! Obrigado por estar conosco hoje. Sabemos que foram 12 meses emocionantes para você; o que você tem feito desde a última vez que conversamos no Rally Dakar 2022?

 

AJ Jones: Tem sido um ano muito agitado para mim! Desde o Dakar, tenho me mantido bastante ocupado com projetos locais e algumas aparições na mídia, além de continuar competindo em tempo integral ao redor do mundo.

 


 

Você pode nos contar sobre as corridas em que competiu desde o Dakar?

AJ: Claro! Primeiro foi o Rally de Abu Dhabi em março, seguido por algumas viagens à sede da South Racing / sede da Can-Am em Lisboa, Portugal, para desenvolvimento, teste e treinamento. A estréia da South Racing nos Estados Unidos na corrida Vegas a Reno em agosto foi uma grande oportunidade para ver o futuro das competições domésticas. Além do Baja 400 em Ensenada, México, onde vi o potencial do carro de corrida em um cenário de corrida Baja. Em seguida, partimos para Agadir, no Marrocos, para o Rally do Marrocos, terceira etapa do campeonato mundial de cross-country. Além do Rally da Andaluzia em Sevilha, Espanha, na semana seguinte para encerrar a temporada da FIA. Agora estou de volta ao México para o Baja 1000 onde o objetivo é vencer e me tornar a primeira/única pessoa a vencer o Rally Dakar e o Baja 1000 no mesmo ano. Não é uma tarefa fácil, mas um desafio para o qual estou definitivamente pronto e animado. 
 

Estávamos lá com você no Vegas a Reno, sua primeira corrida oficial num UTV nos EUA. O que você aprendeu entrando no cenário norte-americano de UTV´s e como foram as corridas nos EUA e no México? 

AJ: Foi ótimo ter a chance de correr em casa na América do Norte novamente. Levou alguns anos para me concentrar nos ralis e não percebi o quanto sentia falta de correr aqui. Estar perto de todos os meus velhos amigos e competidores do passado tem sido incrível, assim como me acostumando com esse estilo de corrida onde aprendi a pilotar. Vegas a Reno nos Estados Unidos, e o Baja 400 no México, foram as duas últimas. Aprendi a pilotar o carro de forma eficaz nos diferentes estilos de terreno da América do Norte; não é fácil, mas é muito natural para mim devido à minha experiência anterior.

Isso é incrível! Com tanto tempo em tantos lugares diferentes, e certamente muito tempo sentado no Can-Am Maverick X3 em tantos tipos diferentes de terreno. O que pode nos contar sobre sua experiência com o Can-Am Maverick X3 até agora?

AJ: Sim, muito tempo sentado com certeza! Honestamente, tudo sobre o Can-Am Maverick X3 me impressiona durante uma corrida tão difícil e cansativa como o Rally Dakar e todas as outras corridas que participamos desde então. A resistência e a durabilidade do veículo realmente se destacam para mim. A capacidade de manter o desempenho máximo após 12 dias em um rali como o Dakar e ir o mais rápido possível por alguns dos terrenos mais acidentados e pelas dunas mais altas do mundo é incrível.  

 

Voltemos para o desafio atual, o Dakar 2024. Você está voltando como o atual campeão na Classe T4 e, este ano, está assumindo um novo desafio na classe T3. O que você pode nos dizer sobre essa transição e teve que se adaptar e se familiarizar com um novo Can-Am Maverick X3? 

AJ: Sabe, estou sempre pronto para um novo desafio. O carro T3 é semelhante, mas tive de mudar muitas coisas no meu estilo de condução para me adaptar ao novo carro. Estou muito confortável com as velocidades mais altas, então acho que minhas experiências anteriores em corridas nos Trophy Trucks serão uma vantagem para entrar nesta nova classe.
 

Quando não estou competindo, gosto de estar em casa na maior parte do tempo. O que mais gosto de fazer é andar de bicicleta e estar na natureza fazendo atividades com minha noiva e meus amigos

                                                                                                  Austin Jones

 

Falando sobre o aprendizado, o que você aprendeu desde o último Dakar?

AJ: Aprendi muito sobre os carros; todo o meu tempo na oficina em Portugal permitiu-me realmente mergulhar no processo de montagem e preparação dos carros e ver os detalhes de como eles funcionam. Também mentalmente, ser capaz de isolar as distrações externas e aprender a se preocupar com o que você pode controlar e deixar de lado o que não se pode controlar tem sido uma grande lição.

 

Francisco “Chaleco” López tem sido seu companheiro de equipe, e não alguém com quem você competiu exatamente na mesma classe. Ao ingressar na classe T3, você enfrentará o Chaleco López. Como isso afeta seu treinamento, preparação ou estratégia de corrida?

AJ: Chaleco é uma lenda, e também um bom amigo meu; nada além de respeito pelo cara. Tivemos uma boa batalha no Dakar em 2021, onde ele conquistou o primeiro lugar e eu terminei em segundo, o que definitivamente me dá motivação para ser melhor e corrigir meus erros do passado para ter outra batalha emocionante com ele este ano. Aprendi muito com ele e acho que vou continuar aprendendo. 

 

Então, a grande corrida está chegando. Adoraríamos saber como é sua rotina de preparação para as competições. Está planejando ajustar alguma coisa sabendo que está enfrentando um novo desafio?

AJ: A preparação para a corrida consiste em muitos fatores. A saúde e o condicionamento físico precisam estar no auge, junto com quilômetros e quilômetros de treinamento e pilotando o carro o máximo possível para criar aquela memória muscular para quando você estiver na corrida real. No que diz respeito aos ajustes para a nova classe, não consigo pensar em muitos porque não tenho 100% de certeza do que consistirá o desafio, mas apenas fazer o meu melhor para estar preparado. É o melhor que posso fazer.   
 

Sempre pensamos na corrida quando se trata do Dakar, mas sabemos que há muito mais nos bastidores que a maioria das pessoas não conhece. O que as pessoas não sabem sobre a experiência do Rally Dakar que você acha que realmente as surpreenderia?

AJ: Algo único sobre o Rally Dakar, acho que as pessoas não percebem, é realmente quantas horas passamos no carro. Desde o momento em que acordamos e saímos do motorhome até ao final do dia, estamos dentro do carro de corrida com as neutralizadas e as longas etapas. Além disso, o fato de estarmos sempre em motorhomes no acampamento, estamos sempre imersos no ambiente do rali.
 

Soubemos que a maioria das pessoas ouve música enquanto se prepara para a corrida, ou enquanto espera para largar. Você ouve música e, em caso afirmativo, o que está ouvindo atualmente?

AJ: Estou sempre ouvindo música nos neutralizados. Meu gosto musical é bem variado; Num minuto pode ser uma música do Snoop Dogg e depois uma do Johnny Cash. Hahaha [Risos] Normalmente eu fico com rap e músicas antigas.   
 

Incrível! Obrigado, AJ, por responder às nossas perguntas e boa sorte no Dakar deste ano!

AJ Jones: Estou sempre à disposição!

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