Can-Am: Como estão as coisas aí, AJ?
AJ: Estão indo muito bem. Só estou tentando deixar tudo pronto antes de sairmos daqui.
Está chegando a hora! Existe alguma coisa que você possa realmente fazer ao longo do ano para se preparar para Dakar, vindo dos Estados Unidos?
AJ: Sim, definitivamente. Fazemos muitos testes nas dunas. Temos uma réplica do carro de corrida aqui em Phoenix e fiz toda a temporada FIA de Rally nesse ano. Essas provas nos preparam melhor e ajudam muito no treinamento de navegação. Na verdade, há uma quantidade razoável de pessoas que fazem planilhas de navegação para nós também em Nevada, Arizona e outros lugares. Então treinamos bastante, e realmente rodamos com o carro o máximo possível pra acumular o máximo de experiência.
E você já foi à Europa para fazer testes durante o ano?
AJ: Sim. fiz todo o campeonato mundial com meu navegador, o Gugelmin e nos tormamos campeões mundiais na nossa categoria. Tive a chance de ir a Portugal e dar uma olhada na oficina da South Racing e fazer muitos testes lá com os novos UTVs. Eles estão indo muito bem.
Quais suas expectativas para o Dakar 2022?
AJ: Estou muito animado com isso. Estou animado porque estou familiarizado com o país, a Arábia Saudita, estou muito mais familiarizado com o andamento da corrida e como um Dakar é preparado, e com o que encarar em um Dakar, realmente. Eu diria que por 365 dias, tudo em que estive pensando é voltar lá e tentar novamente. Nós pensamos muito sobre isso, e com a experiência acumulada, realmente tenho uma ideia melhor do que esperar e coisas assim. Então, sim, estamos nos sentindo muito bem com isso. Estamos entusiasmados.
Como é esse processo ser piloto e ter que correr com aquela planilha e seu navegador, Gustavo Gugelmin? Demora um pouco para entrar no ritmo?
AJ: Sim, quero dizer, é como qualquer outra coisa. Quer dizer, você começa um pouco nervoso, mas após cerca de 20 quilômetros, tudo se torna exatamente como você fez anteriormente. Você consegue ver o fluxo voltando, e você entra num bom ritmo, e tudo começa a se encaixar. No entanto essa parceria com o Gugelmin está bem afinada após tantas provas juntos e estaremos prontos para entrar em nosso ritmo. - Isso é fantástico. A navegação do Gustavo o ajuda a atacar o trajeto sem tê-lo visto? É um bom recurso contar com essas observaçõesda planilha do rally? AJ: Sim, 100%. O Gugelmin dá muito mais informações do que eu apenas sentado lá olhando para a planilha. Ele definitivamente faz a diferença, assim como nos alertas de perigos também. Se algo parece ruim, ele diz que é um “Duplo” ou um “Triplo Perigo” então já sabemos que é muito pior do que vemos e enfrentamos isso com cautela. Então, sim, as notas definitivamente são fundamentais. É muito importante que tenhamos boas e confiáveis anotações e que ele se comunique bem comigo.
A entrega de resultados confiáveis a cada dia é um dos aspectos mais desafiadores do Dakar? Ou há outras coisas que você diria que o desafiam mais?
AJ: Sim, eu diria a consistência disso. Ser capaz de correr em um ritmo bom e rápido e não cometer erros por 12 dias consecutivos, por mais de 250 quilômetros, geralmente todos os dias é mentalmente e fisicamente desgastante. Portanto, você realmente precisa estar no máximo da sua capacidade. Você tem que ser consistente tanto quanto possível. Um dos aspectos mais importantes é manter tudo consistente em todos os dias do rally, porque posso garantir que 90% das pessoas, não terão um dia bom, todos os dias. Algo sempre acontecerá. Portanto, tente reduzi-los ao mínimo e ser o mais consistente possível. Esse é realmente o nome do jogo.